Rouba-me Fevereiro. Rouba-me daqueles dias como se me roubasses de um fim tão certo. Preciso que me afastes das semanas daquele mês, afasta-me! Mas não me perguntes porquê, vou responder-te sempre que não sei, e na verdade eu não sei mesmo. Mesmo que soubesse iria responder-te na mesma que não, que não sei... que não sei que Fevereiro magoa e corta, afoga e sufoca, eu não sei que Fevereiro é tão triste e tão escuro como quando a noite se abatia sobre mim levando-me de novo para o caminho inseguro, vazio, pesado do meu pensamento.
Um dia pensei que Fevereiro era um mês igual aos outros, depois percebi que não. Fevereiro é diferente: cansa, rasga, arde. É tão pequeno e ao mesmo uma imensidão, pode ser uma eternidade. Sabes a língua dos meses? Deixa-me falar com Fevereiro. Tenho de dizer-lhe que o conheço tão bem, que nunca vou conseguir esquecer ou perdoar.
Rouba-me de Fevereiro, e das semanas que se seguem. Deixa-me ficar só contigo, sem tempo, sem as horas que passam como se também elas fugissem de Fevereiro. E se alguém te perguntar porque me roubas-te do segundo mês do ano diz-lhes que não sabes, e na verdade não sabes mesmo, mas se soubesses sei que continuarias a dizer que não, que não sabes que Fevereiro me acordou bruscamente para me contar uma história tão triste, que não sabes que Fevereiro me fez sentir sozinha e perdida, que me fez vaguear sem direcção à procura da resposta que não chega nunca. Fevereiro, os teus dias são solidão, são a ferida aberta que nunca cicatriza.
Se puderes leva-me para longe de Fevereiro, e eu nunca mais vou chorar pela solidão dos seus dias.
Um dia pensei que Fevereiro era um mês igual aos outros, depois percebi que não. Fevereiro é diferente: cansa, rasga, arde. É tão pequeno e ao mesmo uma imensidão, pode ser uma eternidade. Sabes a língua dos meses? Deixa-me falar com Fevereiro. Tenho de dizer-lhe que o conheço tão bem, que nunca vou conseguir esquecer ou perdoar.
Rouba-me de Fevereiro, e das semanas que se seguem. Deixa-me ficar só contigo, sem tempo, sem as horas que passam como se também elas fugissem de Fevereiro. E se alguém te perguntar porque me roubas-te do segundo mês do ano diz-lhes que não sabes, e na verdade não sabes mesmo, mas se soubesses sei que continuarias a dizer que não, que não sabes que Fevereiro me acordou bruscamente para me contar uma história tão triste, que não sabes que Fevereiro me fez sentir sozinha e perdida, que me fez vaguear sem direcção à procura da resposta que não chega nunca. Fevereiro, os teus dias são solidão, são a ferida aberta que nunca cicatriza.
Se puderes leva-me para longe de Fevereiro, e eu nunca mais vou chorar pela solidão dos seus dias.
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