Disseram-me: ele é um pesadelo. E eu na inocência do pesadelo da vida, acreditei! Quando olhava nos olhos do pesadelo havia uma chama de raiva nos seus olhos que eu via arder por detrás do silêncio da língua dele. Fechava os olhos para não ver a chama e assim já não sentia a raiva do pesadelo que me cobria o corpo.
Um dia disseram-me: ele é um pesadelo. E eu, na inocência do pesadelo do mundo, acreditei. Quando olhava nos olhos do pesadelo via coisas que não se podiam ver, coisas que não sorriam para mim, e eu sorria para elas. Sorria para não sentir o frio do sorriso fechado dessas coisas a cobrir-me o corpo.
Um dia disseram-me: ele é um pesadelo. E eu, na inocência perdida do pesadelo que era o pesadelo dele, não acreditei. Olhei-o nos olhos e vi verdades de ódio e morte, verdades de luz e cores que eu não conhecia, vi as verdades que se escondiam debaixo das cicatrizes que não eram as minhas. E as coisas que o habitavam, aquelas que não sorriam, continuaram sem sorrir mas eu sorri. O meu sorriso agarrou as verdades e as coisas, trancou tudo dentro de mim...
Um dia disseram-lhe: ela é um pesadelo. Ele, na minha inocência perdida, na inocência de quem já foi pesadelo, não acreditou. Agarrou-me pelas mãos ensanguentadas, beijou-me os lábios mortos pelo veneno e levou-me para onde os pesadelos não importam.
Um dia disseram-me: ele é um pesadelo. E eu, na inocência do pesadelo do mundo, acreditei. Quando olhava nos olhos do pesadelo via coisas que não se podiam ver, coisas que não sorriam para mim, e eu sorria para elas. Sorria para não sentir o frio do sorriso fechado dessas coisas a cobrir-me o corpo.
Um dia disseram-me: ele é um pesadelo. E eu, na inocência perdida do pesadelo que era o pesadelo dele, não acreditei. Olhei-o nos olhos e vi verdades de ódio e morte, verdades de luz e cores que eu não conhecia, vi as verdades que se escondiam debaixo das cicatrizes que não eram as minhas. E as coisas que o habitavam, aquelas que não sorriam, continuaram sem sorrir mas eu sorri. O meu sorriso agarrou as verdades e as coisas, trancou tudo dentro de mim...
Um dia disseram-lhe: ela é um pesadelo. Ele, na minha inocência perdida, na inocência de quem já foi pesadelo, não acreditou. Agarrou-me pelas mãos ensanguentadas, beijou-me os lábios mortos pelo veneno e levou-me para onde os pesadelos não importam.
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