Hoje vi-te. Estavas ali mesmo à minha frente. Dentro da minha cabeça uma voz perguntou-me se serias mesmo tu, os meus olhos responderam que sim. Podia ter-te chamado, não chamei. Fiquei só a ver-te como se te visse realmente. As pessoas passeavam-se pela rua, os passos apressavam-se numa viagem que eu desconhecia. Para que queria eu saber daquelas viagens, sempre tão distantes da minha? Mas tu estavas ali e eu podia ter-me apressado a ir ter contigo, não fui. Olhei discretamente, olhei-te para te reconhecer nos gestos que fazias. Durante dez longos minutos fiquei parada a lembrar-me de como eras, e pensei que já não podias ser assim.
Hoje sei que te vi e talvez mais ninguém te tenha visto. Os dez minutos que se seguiram ao momento em que os meus olhos se cruzaram com a tua presença foram tão longos, tão distantes, foram dez minutos que levaram mais de dez minutos a passar. Não me viste, ainda bem. Não queria que me visses ali, depois de tudo o que não fiz por ti, não queria que dissesses que não podia ter feito nada. Na minha cabeça a voz perguntava sempre se serias mesmo tu, os meus olhos responderam sempre que sim. O meu coração não sabia o que responder e por isso mantinha-se ali sossegado, carregado de pessoas que não eram como tu, não eras tu.
Hoje pensei que te tinha visto, e eu nunca te tinha visto antes. Pensei, e se não fosses tu? Nesse momento podia ter-me arrependido de não ter ido ter contigo para te perguntar se eras tu a pessoa que eu via, tão perdida e sozinha como nunca tinhas estado... não me arrependi. Se fosses mesmo tu não queria que me dissesses que eu não podia ter feito nada.
Depois dos dez minutos, agora eternos na minha memória, vi-te ir embora outra vez, e eu nunca te tinha visto ir embora assim.
Quando foste, na outra vez, não te vi partir, quando soube já tinhas ido e eu não pude fazer nada. Desta vez vi-te caminhar sem direcção nenhuma, com passos frágeis e cansados de quem está cansada demais para continuar. E senti o frio, a dor, as lágrimas, a viagem. Quando foste, olhei e não te vi. Uma voz na minha cabeça perguntava se serias mesmo tu, os meus olhos encheram-se de lágrimas e calaram a dúvida, o meu coração escondeu-se para não ter de responder. Então a voz na minha cabeça adormeceu. Voltei as costas e pensei, que se fosses tu, aquela era a primeira vez que te via.
Vi-te, depois do tempo todo em que exististe sem que eu te visse, depois do tempo em que deixaste de existir para que eu te pudesse ver.
Hoje sei que te vi e talvez mais ninguém te tenha visto. Os dez minutos que se seguiram ao momento em que os meus olhos se cruzaram com a tua presença foram tão longos, tão distantes, foram dez minutos que levaram mais de dez minutos a passar. Não me viste, ainda bem. Não queria que me visses ali, depois de tudo o que não fiz por ti, não queria que dissesses que não podia ter feito nada. Na minha cabeça a voz perguntava sempre se serias mesmo tu, os meus olhos responderam sempre que sim. O meu coração não sabia o que responder e por isso mantinha-se ali sossegado, carregado de pessoas que não eram como tu, não eras tu.
Hoje pensei que te tinha visto, e eu nunca te tinha visto antes. Pensei, e se não fosses tu? Nesse momento podia ter-me arrependido de não ter ido ter contigo para te perguntar se eras tu a pessoa que eu via, tão perdida e sozinha como nunca tinhas estado... não me arrependi. Se fosses mesmo tu não queria que me dissesses que eu não podia ter feito nada.
Depois dos dez minutos, agora eternos na minha memória, vi-te ir embora outra vez, e eu nunca te tinha visto ir embora assim.
Quando foste, na outra vez, não te vi partir, quando soube já tinhas ido e eu não pude fazer nada. Desta vez vi-te caminhar sem direcção nenhuma, com passos frágeis e cansados de quem está cansada demais para continuar. E senti o frio, a dor, as lágrimas, a viagem. Quando foste, olhei e não te vi. Uma voz na minha cabeça perguntava se serias mesmo tu, os meus olhos encheram-se de lágrimas e calaram a dúvida, o meu coração escondeu-se para não ter de responder. Então a voz na minha cabeça adormeceu. Voltei as costas e pensei, que se fosses tu, aquela era a primeira vez que te via.
Vi-te, depois do tempo todo em que exististe sem que eu te visse, depois do tempo em que deixaste de existir para que eu te pudesse ver.
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