Se me olhasses por dentro ias encontrar-te lá , a consumir-me de luz e escuridão. A ausência de ti arde-me no corpo como o fogo do passado. De todas as vezes que te encontrei, depois de teres partido não te consegui agarrar e mataste-me como me matas agora, e por isso não preciso de me matar.
Conforta-me saber que és tu quem me rouba da vida, tu que me roubaste da morte naquela batalha em que só tu eras guerreiro. Ainda te vejo a olhar-me coberta do sangue das tuas feridas que o meu amor por ti não chegou para sarar. Chorei-te. Sei que sabes que te choro ainda, e as lágrimas são em vão. Mas quero continuar a sentir a tua falta até que essa falta deixe de fazer sentido por voltares a desejar que te pertença mesmo que não queiras e não possas estar comigo. É o destino. Pertencer-te é o meu destino. O destino simples que falta cumprir-se.
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