Vestígios, sobras de civilizações, o passado em retalhos, qual puzzle espalhado pelos quatro cantos do mundo que insisto em montar. De onde vem a necessidade de explicação, de onde desencantámos a vontade de conhecer a génese, a essência. Por que não seguir em frente sem olhar para trás, caminhar apenas, um pé à frente do outro, movimento repetitivo, todos os dias, um pé à frente do outro, cabeça levantada e ausência, ausência de questões, falta de necessidade, caminhem na linha recta da rotina.
Um pé à frente do outro, passos contados, medida certa entre um pé e o outro, não olhes para a esquerda, muito menos para a direita, a cabeça erguida e o olhar em frente, o ritmo certo como a batida cardíaca de um coração saudável. Arritmia: um batimento descompassado, é o pé que não se põe à frente do outro, a cabeça que não está erguida, o olhar que se desviou da linha da frente. São questões, necessidades, respostas; a origem? A génese?
Todas as ruas, entradas, saídas, becos. Todos os sítios, moradas, lares. Tudo aquilo por onde passas, tudo aquilo por que passas já foi algo que não é mais, será um dia coisas que nem afiguras. Significados alteram-se, ciclos iniciam-se depois de se terem encerrado, tudo culmina e tudo renasce. Um pé à frente do outro, olhos postos na linha concreta da rotina. Tudo se passa ao teu lado, tudo te passa ao lado.
Vives. Dizem que vives. Na verdade tudo o que fazes é limitar-te a respirar. Viver requer muito mais essência. Exige muito mais dor. Desconheces-te. És irreconhecível perante ti mesmo, o vazio preenche o teu interior. Também eu sou poço de vazio, o que torna os nossos “vazios” tão distintos é que eu continuo à procura de algo que o aniquile, e tu? Tu segues imune às questões, imune às evidências do conhecimento de um antepassado que desconheces, e vais na vanguarda, um pé à frente do outro. Ignoras que atingir a meta não é o principal objectivo. Pois, de que adianta atingir a meta se o percurso que fizeste está completamente errado? De que adiantam os sorrisos se o que te faz rir e os que te fazem sorrir não te pode, não te podem fazer chorar? As lágrimas são o sangue da alma, são a sua essência. Tão poucas foram as vezes em que choraste: de que se alimenta a tua alma? Ainda serás possuidor de algum tipo de espírito ou tê-lo-ás já perdido nessa viagem que insistes em fazer, sempre com um pé à frente do outro?
Aniquilaste a essência da humanidade, e já somos tantos neste globo, tantas pessoas a vaguear: um pé à frente do outro, olhar colado na linha recta da rotina; tão poucos humanos neste mundo, os dois pés juntos no chão, olhar perdido entre muitas direcções observam e assimilam tudo, mãos que desenterram, purificam, mãos que dão à luz os abortos escondidos do passado.
Um pé à frente do outro, passos contados, medida certa entre um pé e o outro, não olhes para a esquerda, muito menos para a direita, a cabeça erguida e o olhar em frente, o ritmo certo como a batida cardíaca de um coração saudável. Arritmia: um batimento descompassado, é o pé que não se põe à frente do outro, a cabeça que não está erguida, o olhar que se desviou da linha da frente. São questões, necessidades, respostas; a origem? A génese?
Todas as ruas, entradas, saídas, becos. Todos os sítios, moradas, lares. Tudo aquilo por onde passas, tudo aquilo por que passas já foi algo que não é mais, será um dia coisas que nem afiguras. Significados alteram-se, ciclos iniciam-se depois de se terem encerrado, tudo culmina e tudo renasce. Um pé à frente do outro, olhos postos na linha concreta da rotina. Tudo se passa ao teu lado, tudo te passa ao lado.
Vives. Dizem que vives. Na verdade tudo o que fazes é limitar-te a respirar. Viver requer muito mais essência. Exige muito mais dor. Desconheces-te. És irreconhecível perante ti mesmo, o vazio preenche o teu interior. Também eu sou poço de vazio, o que torna os nossos “vazios” tão distintos é que eu continuo à procura de algo que o aniquile, e tu? Tu segues imune às questões, imune às evidências do conhecimento de um antepassado que desconheces, e vais na vanguarda, um pé à frente do outro. Ignoras que atingir a meta não é o principal objectivo. Pois, de que adianta atingir a meta se o percurso que fizeste está completamente errado? De que adiantam os sorrisos se o que te faz rir e os que te fazem sorrir não te pode, não te podem fazer chorar? As lágrimas são o sangue da alma, são a sua essência. Tão poucas foram as vezes em que choraste: de que se alimenta a tua alma? Ainda serás possuidor de algum tipo de espírito ou tê-lo-ás já perdido nessa viagem que insistes em fazer, sempre com um pé à frente do outro?
Aniquilaste a essência da humanidade, e já somos tantos neste globo, tantas pessoas a vaguear: um pé à frente do outro, olhar colado na linha recta da rotina; tão poucos humanos neste mundo, os dois pés juntos no chão, olhar perdido entre muitas direcções observam e assimilam tudo, mãos que desenterram, purificam, mãos que dão à luz os abortos escondidos do passado.
0 comentários:
Enviar um comentário