Imagem que se reflecte no espelho, uma voz que fala lá de dentro para o interior da minha mente. Grita comigo a voz bruta e gelada.
Fecho os olhos, toco o espelho, toco a voz.
Os meus dedos congelam, a voz é gelada, seca.
Imagem que se reflecte no espelho, cabelos negros e pesados caem sobre um rosto pálido e triste.
Olha-me nos olhos o reflexo no espelho.
Lágrimas de sangue, choro as lágrimas de sangue que se afastaram do reflexo e encontram em mim a fonte.
Aproximo-me do espelho, sinto que já não sou eu: que sou os gritos, o frio, a loucura acorrentada ao rosto pálido e ao nome que não sei decifrar. Pequenas gotas caem do chuveiro criando um cântico irreal e frágil, música que conforta a dor causada pela lâmina afiada da faca.
Mão fechada, a força toda guardada na mão, lágrimas de sangue mancham o chão e a mão continua fechada pela força. Raiva. Uma linha que se traça no escuro, é a direcção que a força na mão deve seguir. Dois segundos. Um barulho, um grito. Sangue que escorre pela mão para se juntar ás manchas que as lágrimas deixaram no chão. Frio. O espelho partido.
Sentada no chão sem que exista mais o espelho nem o reflexo, olho para a porta e vejo: cabelos negros e pesados que caem sobre um rosto pálido e triste.
Fecho os olhos, toco o espelho, toco a voz.
Os meus dedos congelam, a voz é gelada, seca.
Imagem que se reflecte no espelho, cabelos negros e pesados caem sobre um rosto pálido e triste.
Olha-me nos olhos o reflexo no espelho.
Lágrimas de sangue, choro as lágrimas de sangue que se afastaram do reflexo e encontram em mim a fonte.
Aproximo-me do espelho, sinto que já não sou eu: que sou os gritos, o frio, a loucura acorrentada ao rosto pálido e ao nome que não sei decifrar. Pequenas gotas caem do chuveiro criando um cântico irreal e frágil, música que conforta a dor causada pela lâmina afiada da faca.
Mão fechada, a força toda guardada na mão, lágrimas de sangue mancham o chão e a mão continua fechada pela força. Raiva. Uma linha que se traça no escuro, é a direcção que a força na mão deve seguir. Dois segundos. Um barulho, um grito. Sangue que escorre pela mão para se juntar ás manchas que as lágrimas deixaram no chão. Frio. O espelho partido.
Sentada no chão sem que exista mais o espelho nem o reflexo, olho para a porta e vejo: cabelos negros e pesados que caem sobre um rosto pálido e triste.
1 comentários:
Oi Joana, gostei muito da tua maneira de escrever, metafórica, mas que expressa bem o que sentes. Vou continuar a seguir o teu blog :) bjinhos
Enviar um comentário